Era Tite sofre sua primeira derrota

Em clássico contra a Argentina, seleção brasileira desperdiça muitas chances de gol e vê grande rival ganhar por 1×0

Em uma partida bem equilibrada, com o Brasil apertando na marcação da saída de bola, mas desperdiçando grandes chances, o melhor resultado ficou com o grande rival.

O superclássico Brasil e Argentina marcou a manhã de sexta (09) e também a era Tite, com sua primeira derrota. Melhor para Jorge Sampaoli, técnico estreante da seleção argentina. Ele armou um sufoco extremamente tático já na primeira etapa da partida, e decretou a vitória.

No fim do primeiro tempo, Mercado marca e garante vitória em superclássico

O gol de Mercado, marcado no finzinho do primeiro tempo, brecou a sequência de vitórias seguidas do técnico brasileiro. Desde que assumiu o comando da seleção brasileira, Tite venceu os nove primeiros jogos (oito pelas Eliminatórias e mais o amistoso com a Colômbia, em prol das vítimas do acidente da Chapecoense), além da conquista da classificação para a Copa do Mundo, com quatro rodadas de antecedência.

Argentina conquista o gol no fim do primeiro tempo

A Argentina estreou, além do técnico, um estilo diferente de jogo, aproveitando as jogadas pela esquerda e levando perigo à seleção brasileira desde os primeiro minutos de partida. Aos 5’, Di Maria recebeu passe nas costas de Fagner, arrancou pela esquerda e aproveitou o espaço para entrar na área e chutar cruzado. A bomba explodiu na trave e quase abriu o marcador.

Com uma grande pressão na saída de bola, dificultando a saída da seleção argentina, o Brasil garantiu sua primeira grande chance aos 17’. Em boa troca de passes pela direita, Coutinho foi lançado em liberdade e rolou a bola para Paulinho que, com espaço, chutou por cima do gol.

Aos 21’, Willian avançou em velocidade e encontrou Philippe Coutinho livre de marcação. O meia cortou Romero, mas o goleiro argentino conseguiu se recuperar e desviou a bola antes da defesa afastá-la para escanteio.

Na parte final do primeiro tempo, mas precisamente aos 42’, a Argentina explorou o lado direito da defesa brasileira e quase marcou. Di María chegou novamente pela esquerda e rola para a entrada da área. Dybala dominou e bateu colocado. A bola passou bem perto do gol. Mas aos 44’ não teve jeito. Em jogada ensaiada dos argentinos, após a cobrança de escanteio, Otamendi cabeceou na trave. Mas no rebote, Mercado apenas completou para o fundo das redes.

 Bola para na trave duas vezes, mas não evita derrota

Ao voltar para o segundo tempo, o técnico Tite resolveu inverter Philippe Coutinho e Willian. A mudança só teve resultados quando Douglas Costa iniciou seu aquecimento para entrar no jogo. Aos 13’, após boa troca de passes, Coutinho chegou na área com perigo, pela esquerda. Ele chutou colocado, de canhota, mas encontrou um Paulinho na hora errada, que bloqueou a finalização.

Já aos 17’, o Brasil perdeu a maior oportunidade para igualar o placar. Gabriel Jesus driblou o goleiro Romero, tocou para o gol, mas acertou na trave. No rebote, Willian chutou com força para tirar da defesa argentina e carimbou o travessão mais uma vez. Nos minutos finais, a seleção não manteve o mesmo ritmo de jogo e ainda perdeu Gabriel Jesus, lesionado, nos acréscimos.

Mesmo com o mal resultado, a partida serviu para Tite fazer testes táticos e individuais no time. Porém teve que se deparar com uma ineficácia presente nas finalizações de seus principais jogadores. Na próxima terça-feira, o Brasil enfrentará a Austrália, às 7h05. A Argentina fechará sua rodada de amistosos enfrentando a seleção de Singapura, também na terça. Pelas eliminatórias, o Brasil voltará a campo nos dias 31 de agosto e 5 de setembro, contra Equador e Colômbia, respectivamente.

FICHA TÉCNICA

Brasil 0 X 1 Argentina

BRASIL (4-5-1): Weverton; Fagner (Rafinha), Thiago Silva, Gil e Filipe Luís; Fernandinho; Philippe Coutinho, Paulinho (Giuliano), Renato Augusto (Douglas Costa) e Willian; Gabriel Jesus (Taison)

Técnico: Tite.

ARGENTINA (4-3-3): Romero; Mercado (Mammana), Maidana e Otamendi; José Gómez (Tagliafico), Biglia e Banega (Lanzini); Dybala (Guido Rodriguez), Messi e Di María; Higuaín (Joaquin Correa)

Técnico: Jorge Sampaoli.