Copa de 1934: Uma mistura de política com o futebol
Em 1932, a Itália, terra das deliciosas e tradicionais pizzas e lasanhas que ganharam fama mundo afora, foi escolhida para sediar a segunda Copa do Mundo realizada no de 1934. Era uma época que o fascismo ganhava força no território italiano, por meio de seu ditador, Benito Mussolini.
Ele aproveitou da popularidade do torneio e começou a difundir suas idéias fascistas, dando um desagradável tom político à competição. Tanto que foram construídos dois estádios novos, em Florença e Turim para a competição. O estádio de Turim recebeu o nome de Stadio Mussolini e o de Roma teve seu nome modificado para Nazionale PNF (sigla do Partido Nacional Fascista).
Mussolini pedia que a imprensa apenas publicasse notas positivas sobre a seleção italiana, caso contrário as redações dos jornais seriam depredadas. Com a proteção do governo e imprensa, os jogadores e comissão técnica tinham “apenas” uma obrigação: ganhar a Copa. Para se ter uma ideia o ditador escolhia os árbitros “suspeitos” nas partidas da anfitriã.
A fase de grupos usada na primeira Copa do Mundo foi descartada em favor de um torneio do estilo “mata-mata”. 16 seleções disputavam a segunda edição do Mundial. Como planejara o “Duce”, como era chamado Mussoini, a Itália se classificou para fazer a grande final. Na primeira rodada a Azzurra passou fácil dos EUA a golear por 7 a 1. Na fase seguinte os italianos derrotaram a Espanha por 1 a 0. Na semifinal a vítima foi a Áustria que venceu por 1 a o.
Na decisão, os anfitriões enfrentavam a Tchecoslováquia. A Itália perdia até os 40min do segundo tempo, quando empatou com Raimundo Orsi forçando a prorrogação. Schiavo virou o herói do título ao marcar o gol da vitória. Uma curiosidade é que o segundo mundial não contou com a presença do Uruguai. O primeiro campeão da história boicotou a competição, em retaliação aos europeus que haviam feito o mesmo em 1930.
Seleção Brasileira
A participação do Brasil em 1934 foi ruim, foi eliminado no primeiro jogo com uma derrota para a Espanha por 3×1. O futebol brasileiro na época passava por divergências e disputas entre amadores e profissionais. Depois de uma longa viagem à Europa, o Brasil aproveitou para disputar depois da Copa do Mundo 8 amistosos com 2 vitórias, 4 empates e 2 derrotas.