Novo Hamburgo matem regularidade é campeão gaúcho

Novo Hamburgo bateu o Inter nos pênaltis por 3 a 1

O melhor time do Gauchão desde o seu início conquistou, de forma inédita em sua história, o título do campeonato. Após empate em 1 a 1 no tempo normal, o Novo Hamburgo bateu o Inter nos pênaltis por 3 a 1 e conquistou o primeiro título estadual de um clube de fora da Capital desde 2000, quando o Caxias de Tite foi campeão.

A decisão foi emocionante desde o começo. Errando muitos passes, os comandados de Zago aparentavam um nervosismo que logo cedo foi convertido em boa chance de gol para o Noia. Aos dois minutos, João Paulo aproveitou bola na área para desviar de cabeça muito perto da meta de Danilo Fernandes.

Marcado desde o campo defensivo, o Inter criava pouco. Os passes errados tornavam a vida dos atacantes ainda mais difícil. Mas aos seis minutos uma bola foi alçada para a área anilada, Brenner caiu e pediu pênalti. Não marcado, para desespero do técnico Zago, que levou bronca em dois momentos de Leandro Vuaden.

O alívio do treinador colorado quase chegou aos nove minutos, quando D’Alessandro cobrou falta que só parou na ótima defesa de Matheus.

O domínio, apesar da tentativa do Inter, era do Novo Hamburgo, que abusava da bola aérea. Aos 21 minutos, então, o Noia foi premiado. Na bola levantada, Ernando, pressionado, desviou errado contra o próprio gol: 1 a 0 para o Anilado.

O primeiro tempo era dominado pelo Noia, bem mais tranquilo em campo. A equipe de Beto Campos não aproveitou outras oportunidades e, assim, deu margem para o perigo.

Com o começo do segundo tempo, viu-se um novo Inter. Zago sacou Ernando para colocar Carlos, retornou Uendel à lateral esquerda e fez D’Alessandro recuar para a linha dos volantes. Intenso, o Inter parecia querer marcar o gol de empate logo cedo. E conseguiu.

Aos três minutos, um bate-rebate na área do Noia resultou em gol de Rodrigo Dourado. Como já fez neste Gauchão, o volante apenas chutou firme a sobra que recebeu: 1 a 1.

Em lance parecido, aos 10, William teve a mesma oportunidade de Dourado. Mas o chute do lateral-direito explodiu na marcação.

O domínio colorado prosseguia. Aos 17 e 18 minutos, Carlos e Nico López tiveram suas oportunidades. Perderam. O primeiro, com um chute por cima do gol, após matar a bola no peito dentro da área. O uruguaio desperdiçou ao demorar demais para chutar.

Nos minutos que antecederam o apito final, as duas equipes mostraram estar dispostas a evitar a decisão por pênaltis. Zago sacou Edenílson, lesionado, para colocar Valdívia, deixando Dourado como único homem de marcação do meio. Já Beto Campos colocou Lucas Santos no lugar de Branquinho, em tentativa de turbinar o contra-ataque.

O jogo seguiu intenso, com os dois times procurando o gol. Nos minutos finais, a última chance do Inter: D’Alessandro deu belo passe para William, mas o lateral se atrapalhou na hora de dominar e permitiu a chegada de Matheus, que fechou o ângulo e impediu que a finalização saísse com perigo.

Nos pênaltis, o Inter perdeu com D’Alessandro e Cuesta, que bateram no travessão, e Nico López, que teve sua cobrança defendida por Matheus. O Noia acertou com João Paulo, errou com Léo e voltou a acertar com Júlio Santos, abrindo 2 a 0. William fez o primeiro do Inter já na quarta cobrança, mas Pablo fechou a decisão em 3 a 1, dando o título inédito ao Noia.