Eduardo Baptista, você foi homem pra ca#@%&*+?!

Se você tivesse a opção de ser presidente do Brasil ou técnico do Palmeiras qual você escolheria? Eu sem pensar duas vezes escolheria a primeira opção. E é por isso que eu afirmo que o agora desempregado Eduardo Baptista foi muito homem de ter aceitado comandar o Palmeiras. A carga de pressão das duas profissões é alta, mas acredite, comandar o futebol do Palmeiras é pior.

A torcida palmeirense após perder Cuca, comandante do campeão brasileiro 2016, ficou órfã como aquela filha que perde o pai em sua melhor fase da vida. Eduardo chegou desprestigiado e com um nível de desconfiança fora do normal. Viu em sua frente uma torcida mimada e mal acostumada, coisa que há poucos anos atrás não existia nas alamedas da Turiassú.

Mesmo assim aceitou o desafio, sabendo tudo o que lhe esperava. Confiou no seu trabalho e mostrou que pode sim ser um grande técnico num futuro próximo. A torcida palmeirense foi injusta e contribuiu muito com o fracasso do técnico.

O pensamento da política palmeirense que se assemelha demais com a de alguns torcedores, mais uma vez moeu um treinador que não soube lidar com o cotidiano sempre turbulento alviverde. O clube alcançou a marca de ser o que mais demitiu treinadores nos últimos 3 anos dentre os grandes do futebol brasileiro.

Eduardo Baptista no jogo diante do São Paulo, técnico venceu dois clássicos e perdeu um. (Foto: César Greco/Palmeiras)

Por isso afirmo com todas as letras, Eduardo, você foi muito macho. Para comandar o Palmeiras um cidadão precisa ter muito “saco roxo”, principalmente na situação de hoje, atual campeão brasileiro e com essa obrigação de ganhar tudo que for disputar. E você teve. Erros e insucessos todos cometem, até Guardiola, Mourinho e Tite.

Acredito que a teimosia somada a falta de regularidade do time foi o ingrediente fatal para a demissão de Baptista, a queda de rendimento de alguns atletas também contribuiu para o seu insucesso. O time que tinha uma das melhores defesas do Brasil tomou 10 gols nos últimos 5 jogos, o trabalho que já gerava desconfiança, se arruinou.

Agora veremos se com Cuca ou qualquer outro comandante, o time vai finalmente se encaixar e enfim conseguir mostrar uma cara para a sua chata torcida.

Acabaram-se as desculpas para jogadores que não estão rendendo nada neste ano, casos de Dudu, Jean, Vitor Hugo, Tchê Tchê e Mina. Temos que começar a dividir a culpa dos fracassos de um time. Na maioria das vezes a balança sempre pende para o técnico, poucos jogadores têm a hombridade de assumirem a sua responsabilidade quando o tsunami adentra a academia.

Ao Eduardo, desejo boa sorte ao longo da carreira. Sujeito honesto, trabalhador, e que respeitou demais a história do Palmeiras nesses quatro meses. Baptista deixa o clube sem ter perdido um único jogo no Allianz Parque e com um retrospecto até melhor do que o de Cuca. Ao todo foram 25 jogos no comando do Palmeiras, somando 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas.