Em frente à mais de 43 mil torcedores, o São Paulo joga mal e perde para o cruzeiro por 2 a 0 no jogo de ida da Copa do Brasil 2017. Para passar, o Tricolor tem que fazer três gols de vantagem no jogo de volta, semana que vem.

Foram dois tempos de pouquíssimo futebol no estádio do Morumbi. Em mais uma gelada noite da zona Sul de São Paulo, ganhou quem fez o que é preciso para se marcar um gol: finalizar.

No primeiro tempo da partida, o time mandante não conseguiu quebrar as linhas defensivas do Cruzeiro, pela notável falta de um meia de criação. Armado pelo técnico Rogério Ceni em um 4-3-3 fraco de jogadas, o Tricolor insistia pelos lados direitos, sem sucesso em todas as vezes.

Em raros momentos, Luiz Araújo chegou duas vezes perto da meta cruzeirense. Em uma delas, após bela jogada de Jucilei, o melhor do São Paulo hoje, o jovem canhoto recebeu enfiada na área e finalizou na lateral de fora da rede. Na outra oportunidade, livre de marcação, foi lançado, porém dividiu com o goleiro mineiro.

Na segunda etapa, uma aula de como jogar mata-mata fora de casa.

Os comandados de Mano Menezes não se expuseram no primeiro tempo, e iniciaram o segundo com a mesma atitude. O time do São Paulo não acertava os passes, não chegava a meta do time de Minas e a torcida começava a ficar impaciente.

Após falta no lado direito do ataque tricolor, o Cruzeiro abre o placar de cabeça com gol de Lucas Pratto, contra a própria meta.

Com a entrada de Thomaz, no lugar de Wellington Nem (que junto de Cícero foram os piores em campo) o time do São Paulo parecia ganhar um homem que armaria as jogadas e municiaria a artilharia tricolor. Enganados estavam os 43.662 presentes no estádio do Morumbi. O time se manteve nervoso e em nova falta, desta vez pelo lado esquerdo campo, Hudson, fazendo jus a lei do ex, fez mais um para o Cruzeiro. Novamente de cabeça.

A zaga do São Paulo, que estava jogando bem, fazendo cortes e desarmes providenciais, nas duas bolas paradas do time adversário cedeu, mostrando ainda a fragilidade persistente desde o início do ano.

Semana que vem o time paulista vai ao Mineirão, na quarta-feira, com a obrigação de vencer por 2 gols de diferença para sair classificado. 2 a 0 para o São Paulo teremos pênaltis, 3 a 1 em diante (sempre com 2 gols de diferença) classifica automaticamente o tricolor.

Próximo confronto

O próximo compromisso dos paulista já é no domingo, em uma importante semifinal do Campeonato Paulista, no mesmo Morumbi, contra o rival Corinthians. Espera-se grande público para a partida das 19h. O São Paulo torce para a rápida recuperação do seu camisa 10, o peruano Cueva, principal nome tricolor na temporada, que se lesionou pela seleção de seu país nas Eliminatórias. O peruano é dúvida para domingo no clássico.

NOTAS

Renan Ribeiro – 6,5. Seguro quando foi exigido, nos gols não teve culpa direta.
Buffarini – 5,0. Fraco no ataque, não acertou nenhum cruzamento.
(Araruna – 5,0. Jogou pouco, não comprometeu mas também não atacou bem.)
Maicon – 6,5. Bons desarmes e intervenções, junto do Rodrigo Caio não deixou Abila jogar.
Rodrigo Caio – 6,0. Bem nos desarmes mas se aventurava muito ao ataque invés de deixar com os volantes.
Junior Tavares – 6,0. Apagado na esquerda, não conseguiu jogar em dupla com Luiz Araújo.
Thiago Mendes – 5,0. Partida fraca, se escondeu do jogo. Não armou jogadas como era esperado.
Jucilei – 7,5. O melhor do tricolor. Desarmava e armava as jogadas ofensivas. A bola sempre passava por ele. Vem melhorando a cada partida.
Cícero – 4,0. Um dos piores em campo. Errou passes fáceis que poderiam resultar em ataques perigosos do adversário. Bom taticamente mas hoje não funcionou.
(Gilberto – 4,5. Jogou pouco mas mal. Não entrou bem. Entrou no desespero após 2º gol.)
Luiz Araújo – 6,0. Tentou boas jogadas, perdeu um gol livre pela esquerda da área. Dupla com Junior Tavares não funcionou. Procurou jogo pelos dois lados.
Wellington Nem – 3,5. Pior em campo. “Responsável” pela armação na ausência de Cueva, não acertou nada hoje.
(Thomaz – 5,5. Entrou após o primeiro gol do Cruzeiro com a função de armar. Conseguiu pouco, mas se movimentou bastante com muita vontade. Era pra ser titular.)
Lucas Pratto – 6,0. Não recebeu nada com condição de gol exceto um cruzamento que lutou para cabecear no canto.
Rogério Ceni – 5,5. Escalação ruim com Nem no lugar de Thomaz. Faltou criação desde o início.